A reforma administrativa é um ataque aos direitos dos servidores e à qualidade dos serviços públicos.

18/09/2025

No dia 17 de setembro, às 19h, a presidente do Sindicato União dos Servidores do Poder Judiciário do Estado de São Paulo, Helen Patrícia, representando todos os servidores e a UGT, União Geral dos Trabalhadores, marcou presença em audiência pública na ALESP, promovida pela deputada estadual Professora Bebel. Manifestamos nosso veemente repúdio à forma como a reforma administrativa está sendo conduzida.

Essa proposta, sob a falsa premissa de modernização, visa enganar a população. A falácia da retirada de 60 dias de férias e 14º salário, e do combate aos supersalários, esconde que esses benefícios não são usufruídos pelos servidores do judiciário, mas sim por parlamentares, membros da magistratura e militares das Forças Armadas. O servidor público do judiciário não possui altos salários, 14º salário ou 60 dias de férias.

Esta reforma administrativa é uma enganação que busca privatizar o Estado, controlá-lo, acabar com a estabilidade do servidor e tornar o estágio probatório ainda mais rigoroso. É o fim do concurso público, facilitando contratos temporários e a entrada de pessoas do setor privado em cargos de liderança. Querem mudar o regime, acabar com a paridade para aposentados, extinguir adicionais como quinquênios e sexta parte, licenças e progressão na carreira, desmantelando todos os planos de cargos e carreiras. A proposta ainda prevê a diminuição do teletrabalho para um dia semanal e a redução da carga horária.

Além disso, não temos acesso às 70 novas propostas em posse do deputado Pedro Paulo, que as apresenta sob quatro eixos: governança e gestão, transformação digital, RH público (servidores e formas de contratação) e privilégios. Contudo, esses "privilégios" não englobam militares, parlamentares ou a magistratura. Querem impor um modelo americano ao nosso regimento.

Pedro Paulo, "os dois apóstolos" precisa entender que somos 12 milhões de servidores, entre municipal, estadual e federal. 

Temos o poder de mudar o Congresso e o governo. Somos nós que elegemos quem deve lutar pelos nossos direitos. Fica o clamor a todos os servidores: vamos nos atentar ao voto. O voto está em nossas mãos. E para aqueles que traem nossos interesses e principalmente, retirando nossos direitos, o recado é claro: não voltarão!


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